Sou
Alma e o Mestrado
da Vida
A Família Espírito
|
4º ANDAR
|
Clarabóia
|
Spirit e Fé
|
Credo de Todas as Fés, no Ser Humano
|
4ª CAVE
|
Alçapão
|
Encontro com Mãe
Velha de Todos Nós
|
Breve Estória de um Ser num Universo
|
Sou Espírito
|
- Espero que
esta Família também possa ajudar-nos na nossa busca de Amor Maior!
A Família Espírito
4º ANDAR
Clarabóia
Nunca poderão
esquecer o momento em que, pela primeira vez, conheceram Spirit, o vizinho do 4º andar.
Foi no templo
interior em casa de Minhalma. E como
ela estava linda! Toda a sua vida ansiara por esse momento e para ele se
preparara. Vestira-se de branco, imaculada, brilhando irradiante de felicidade,
qual noiva esperando o noivo há muito desejado, de braços levantados e abertos
em taça para o receber.
Pomba Branca voa, parecendo emprestar-lhe as suas
asas. A certa altura fica pairando por baixo de um pequeno orifício no tecto do
templo: é Clarabóia. Estranho… Iam
jurar que, antes da visita à 3ª cave essa “abertura” não existia !!!
Foi através de Clarabóia
que Spirit desceu. Um perfume raro,
sem nome, anunciou a sua chegada e puderam também sentir uma forte vibração
luminosa. A pouco e pouco, sem quase se aperceberem, começaram a elevar-se…
Um belo dia,
inesperadamente, todo o treino paciente deu os seus frutos. Clarabóia abre-se para os deixar passar.
É assim que entram no 4º andar. De repente, simplesmente, já lá estão!
- Como foi
que conseguimos?! - exclamam estupefactos.
Pomba Branca explica:
- Foi a ânsia
profunda de Minhalma na busca de Amor Maior e a sua entrega sincera e
humilde, amorosa e submissa. Aquietados os duendes, iluminadas as escuras Sombras, todos podem agora conscientemente acolher Spirit. Isso faz com que ganhem asas, como eu!
Eles nem
queriam acreditar! Asas?! Mas… Asas só os pássaros e os anjos!
- Pois fiquem
sabendo que as Almas também podem voar! – conclui Pomba Branca.
Spirit e Fé
- Sou Alma, acabas de ganhar direito às
tuas asas de luz prateada! Vais agora preparar-te para seres uma verdadeira Alma Viva, um Anjo Humano!
Quem assim
fala só pode ser Spirit! São palavras
que não têm som: ouvem-nas por dentro e não vêm ninguém por perto! É a primeira
vez que esta voz lhes fala e, ao mesmo tempo, a sala fica cheia de luz…
- Sim! Tu
também?
- Bom, eu já
o ouço há muito tempo. São palavras sábias e belas que me deixam nesta ânsia de
união com quem as profere em mim! Percebem agora a minha inquietação???
Sim, podiam
agora perceber.
- Sou Spirit e vivo no 4º andar com minha filha Fé. Ela tem muitas amigas espalhadas por
todas as Villas e, todas reunidas,
formaram um movimento chamado RR: Religere-Religare. Os nossos
antepassados guerrearam-se, pois cada Villa
se dizia a possuidora exclusiva da verdadeira Fé e do Caminho que Todos Nós desde sempre procuram. Mas
depois de alguns milénios de busca, todas as Fés conseguiram finalmente perceber que cada uma é uma verdade que
faz parte dum mesmo Caminho que será
obra de Todos. Agora entendem-se melhor
e todas colaboram para ajudarem as Famílias
dos Edifíciosdeser a prosseguirem a
jornada de busca, encontrando o Caminho
Fraterno Comum.
Desde que se
encontraram com Spirit nunca mais
voltaram a sentir solidão ou tristeza. Alegria
Nova cresce a olhos vistos, enchendo a casa com seus cantares e risos
cristalinos que deixam todos muito felizes!
Credo de Todas as Fés, no Ser Humano
Um belo dia Spirit apresenta-lhes sua filha Fé. Ela traz um pergaminho transparente
na mão com um texto gravado em letras de ouro:
- Venho do 5º
andar. – declara Fé, solene - Acabámos de ter lá uma reunião do nosso movimento RR: Religere-Religare. Foi muito
interessante e produtiva pois com a ajuda de quem lá habita, ficou finalmente
aprovado o texto do Credo de Todas as Fés
no Ser Humano. Querem ouvir?
- Claro! -
exclamam em coro, muito interessados e respeitosos.
Solene, Fé recita:
Creio
que o Universo existe e é um Todo.
Creio
que cada parte,
aspirando
à consciência plena do Todo,
embora
o intua, enquanto parte não pode conhecê-l’O.
Creio
que ser parte,
é
exactamente viver-se separada, dividida,
intuindo
e ansiando a completude,
o Todo
que realmente se é…
Creio
que só descobrindo em Si mesma o Todo,
no Todo
pode a parte reconhecer-se
como
consciência emergente
em auto
criação espontânea.
Creio
que todo o tempo é Agora, todo o espaço é Aqui.
Creio
que Todo o Ser é força auto criadora,
inteiro,
na liberdadestino da sua essência,
Presença
Viva do Todo, que É.
Um profundo silêncio se
instala. Todos entretanto cerraram os olhos para melhor escutarem. Assim ficam
ainda por algum tempo, unidos num mesmo sentimento que parece esbater – ou
anular – todas as diferenças, todas as separações, todos os limites…
A pouco e pouco abrem os
olhos e, por fim, Sou Alma exclama,
traduzindo com suas palavras o sentimento geral:
- Estas
visitas a casa de Spirit e Fé são sempre momentos inesquecíveis e
sagrados. Mas… Quem será esse Ser Todo Poderoso que encontram no andar de cima
e é capaz de assim unir todas as Fés
?
4ª CAVE
Alçapão
- Onde
começamos e acabamos nós??? Onde começa e acaba tudo o que existe? Qual a nossa
origem? Porque morremos? Para onde vamos depois da morte? Que Força é esta que
nos guia e move?! Que Poder é esse que a Todos
Nós transcende?
- Hei! … Tantas
perguntas! – diz Guia Interna
sorrindo – Está bem. Sigam-me. Vou conduzir-vos a casa de Mãe Velha onde nunca antes
estiveram. Ela nos ajudará a encontrar essas respostas… Precisamos da abertura
do Portal de entrada, o Alçapão.
Assim que Guia Interna acaba de falar todos se alinham
para a seguir mal disfarçando a ansiosa curiosidade geral. Usando as forças de Vontade e Intenção, ela os conduz até Alçapão,
que a maior limpeza e iluminação deixara a descoberto no chão da cave de Suasombras.
- Formemos um
círculo em volta de Alçapão. Fechemos
os olhos do corpo e serenemos os nossos duendes – diz Guia Interna, solene e recolhida.
Quando todos
seguem o seu exemplo, ela continua:
- Mãe
Velha, nossa Tetra Tetra Avó, abre
esta passagem para que possamos visitar-te!
Reparam maravilhados
que Alçapão começa lentamente a abrir-se
para os deixar passar.
-
Atravessando Alçapão, esta estreita abertura, podemos mergulhar agora em
pleno na natureza mais profunda do nosso Edifíciodeser.
Como sempre, precisamos dos pós mágicos das Fadas Vontade e Intenção. Ou
seja de Coragem e Atenção Interna… Prontos? Convido-os todos a acompanharem-me com
confiança e sem receios.
Encontro com Mãe Velha de Todos Nós
Mantêm acesa
a esperança de poder um dia responder à pergunta que os persegue desde sempre e
os faz prosseguir nesta aventura: “Quem sou?”. E parece estar bem encaminhada
essa descoberta, pois Spirit
conhecendo os seus mais íntimos anseios acaba de se fazer ouvir de novo:
- A nossa
busca a partir de agora é a da Identidade
Essencial. Mas para chegarmos até ela precisaremos explorar a 4ª cave onde
vive a Mãe Velha de Todos Nós. Mãe Velha vê no escuro. Vê também mais além, no tempo e no espaço...
Ninguém, nem ela própria, sabe até onde!... Os ciclos da vida e da morte não
parecem ter segredos para ela pois é a guardiã de todos os ciclos da natureza
e, em particular, da cura profunda das Almas angustiadas e do ciclo fundamental
de vida-morte-vida, cujos segredos – que lhe foram confiados mas não revelados –
guarda bem guardados em labirintos de grutas muito antigas, de que se
desconhece a entrada e que não se sabe onde vão dar; se é que têm saída ou
entrada!
Ela é a força
selvagem, instintiva, predadora e protectora. Pastora de Lobos que nutre tudo o que vive. – conclui Spirit.
Sou Alma percebe que também Mãe Velha os impulsionou para esta Viagem sem que o suspeitassem.
Agradavelmente
surpreendidos pelo afável acolhimento que lhes dispensa a austera anciã,
escutam-na em respeitoso silêncio, muito atentos diante da imponente figura sábia
com olhos penetrantes e nariz adunco fazendo lembrar uma coruja...
Após alguns
instantes de reflexão Mãe Velha
começa a falar. Sua voz contrasta com seu aspecto enorme, pois é suave e terna
como a das Avós de Todos Nós.
- Está bem.
Agora que já se conhecem todos e se dão bem chegou a altura de vos contar uma
"estória" que, de geração em geração, vem sendo transmitida pelas
anciãs como eu às “crianças internas” das Famílias
de Todos Nós...
- De alguma
forma essas crianças ainda sabem o que os adultos já esqueceram e, por isso,
podem melhor entender... De vez em quando é preciso recontá-la… É o que faço a
todas as visitas que aqui conseguem chegar, respondendo sem o saberem ao meu
chamamento oculto, pois sei que estão prontas para ouvi-la com o coração da
alma.
O conto que
lhes vou contar chama-se “Breve estória
de um ser num universo”.
D. Transpessoal e Sr. Al Quimista acenam com a cabeça. Eles lembram-se de ter ouvido falar
neste conto.
Mãe Velha, curadora de almas e clarividente,
começa assim:
- Dedico
sempre esta "estória" a todas as crianças que eu tive o privilégio de
amar pois contando-a mantenho viva em mim a criança que também sou.
Breve estória de um ser num universo
Era uma vez um pequenino Ser que nasceu num universo de energias que era
como um grande e invisível coração a pulsar.
Ele só começou a existir
porque duas energias pulsantes se partilharam, vibrando como uma só.
Foi assim que ele nasceu
tornando-se uma porção materializada numa espaço temporalidade.
O ritmo pulsante de um
afectuoso coração abriu-lhe o caminho para esta vida: nasceu saindo de um
ventre por um "buraco negro", ou Alçapão,
que é como se dão todos os nascimentos…
E começou ele mesmo a pulsar,
respirando: ora expandindo, ora contraindo…
A pouco e pouco foi-se
habituando ao bater ritmado do seu próprio coração, à alternância da luz e do
escuro, ao ritmo dos dias e das noites e, nesse balanço foi crescendo,
aprendendo, comunicando, evoluindo... vivendo!
Outros seres – que já se tinham esquecido da sua origem, de que viver é pulsar
– começaram a dizer-lhe: "cuidado, olha que estás dentro de uma
"caixinha"; se aceleras muito a tua vibração, podes rebentá-la e é
muito perigoso, porque fora das "caixinhas" ninguém pode mais existir!"
As "caixinhas" não
eram senão projecções da mente daqueles que há muito tinham deixado de pulsar
com medo de rebentar e se dedicavam a construir cada vez mais
"caixinhas" todas feitas de "deve ser".
Mas o nosso Ser, ainda inexperiente, não o sabia e
foi aceitando como boas todas essas recomendações que lhe eram transmitidas pelo
poder da maioria, que é como quem diz, da normalidade e do bem senso.
E, a pouco e pouco, também o
nosso Ser começa a pulsar com menos
força, fechado em cada vez mais "caixinhas", com cada vez mais falta
de oxigénio, menos energia e mais medo de se rebentar ao rebentá-las. Quando
está em casa, é a "caixinha" do quarto, da sala, dentro da
"caixa" do prédio; depois as "caixas" dos transportes, do
carro, do autocarro. E as "caixas" do emprego?! São todas muito
direitinhas e bem arrumadinhas umas a seguir às outras, desde as poucas e
gordas maiores que estão por cima até às muitas mais pequenas e magrinhas em baixo!!!
No fim de tudo, até os
restos que ficam acabarão dentro de um preto e sinistro… "caixão”!
E assim, de
"caixa" em "caixinha", conseguindo ainda respirar um pouco
aqui, outro pouco ali, lá vai vivendo com o oxigénio que há, sem se dar conta
de que está ele também a ficar cada vez mais quadrado...
De tal forma fica
prisioneiro que as caixinhas lhe parecem já só terem saída umas para as outras!
Ás vezes, muito raramente,
atreve-se a sair de uma delas. Sozinho entre o céu e a terra, embora com medo sente-se
liberto e recorda como tudo no Universo é pulsátil, redondo e aberto!
Uma enorme e confortante
sensação de expansão e felicidade o invade! Mas é tão breve… Mal começa a respirar
mais fundo, logo regressa o pânico de rebentar e corre para a protecção da
caixinha mais à mão, bem cubicamente segura.
O pior é quando começa a
perceber que até a sua própria cabeça está a ficar dividida em muitos compartimentos.
De tal modo que, mesmo quando se vira para dentro dela, são também montes de
caixinhas pré fabricadas que encontra!
Lentamente começa a
entristecer e a definhar, a ficar cada vez mais cheio de arestas. A tal ponto
que passa a ser olhado como desagradável e mesmo agressivo.
A luta dentro de si torna-se
tão grande que se sente ficar sem forças, sem energia, vazio de poder, de tão
dividido que está.
Todas as suas forças não são
suficientes para resistir às dúvidas e aos medos… Começa a definhar e fica
doente. Sente-se morrer…
- Assim não posso continuar!
É a hora de escolher: ou pulsar de novo e, agora, vibrando todo inteiro, voltando
à Vida, ou deixar de pulsar até morrer de inacção e acabar fechado num qualquer
cúbico “caixão”!
Em total desânimo, incapaz
de decidir, abandona-se à sua sorte:
- Seja o que Deus quiser! –
é o grito que lhe sai da alma.
De repente, como que em
resposta ao seu apelo, faz-se luz no
seu interior. E ele percebe que a Força da Origem, o Poder Criador deixara bem
escondidinha dentro do si uma semente de Vida vibrante e pulsátil que, nenhuma
"caixinha", nenhum medo, nenhuma "morte", nenhum "deve
ser" poderia nunca fazer desaparecer!
Então ousa escolher: pede a
essa Luz de Vida, que o ajude a sair das “caixinhas” feitas de medos, dúvidas,
frustrações e ilusões.
Sopra então um vento que
levanta e leva para bem longe todas as tampas! Uma lufada fresca ajuda-o a
respirar de novo com mais força. Sente-se melhor. Sente-se expandir... E mesmo
ainda com algum medo ousa respirar mais fundo, absorvendo plenamente a alegria
dessa entrega à vida que o invade e parece tocar-lhe a alma moribunda,
ressuscitando-a!
Descobre que quanto mais se entrega,
mais forte fica a semente de Vida no âmago do seu ser; até que a sente tão
forte e tão poderosa que percebe que já não lhe faz mais falta a segurança de
nenhuma "caixinha" pois d’Ela vem toda a guia e protecção, todo o alimento. O Amor de que necessita.
Agora, ele próprio bem
redondo e aberto, deixa-se explodir de vibração pulsante, liberto de todas as (auto)
limitações. Confiante na entrega, já sem medos, passa de novo como que por um Alçapão ou "buraco negro" – ou
seria uma Clarabóia?! Talvez ambos… –
e irrompe num outro Universo da Grande Galáxia, do Grande Coração Pulsante, sua
Origem: é um Novo Universo de Interioridade.
- Afinal, bastou levantar um
pouco a tampa, bastou não ter medo de me entregar à vibração harmónica do Todo
em cada "parte" do meu Ser para me libertar das minhas próprias
prisões!
Sente-se feliz. Sente-se finalmente
um Ser Humano inteiro e livre!
Já não tem medo de pulsar;
aliás, já não sente qualquer medo nem solidão porque descobriu que, para além do
sofrimento das angústias e "mortes", estão sempre novos renascimentos
que o deixam mais inteiro.
Então, finalmente, abre os
olhos.
Olha para si, olha à sua
volta: durante uma fracção de segundo tudo lhe parece estar exactamente igual.
Ilusão sua!
Deslumbrado, faz a última, a
maior e a mais importante de todas as descobertas: tudo daí para a frente
continuando por fora a parecer igual, passa realmente a ser, para ele,
inteiramente diferente!
Como que por milagre tudo se
harmoniza à sua volta como dentro de si: já não há dentro e fora mas uma única,
luminosa e harmónica vibração.
E percebe: sendo a Harmonia
uma só, a do Todo, o que é harmonioso para uma parte só pode ser harmonioso
para todas. O que é harmonioso para cada um de nós, só pode ser harmonioso para
Todos Nós. E vice-versa... Pois tudo
é Um Só: o "Grande Coração” ou “Amor Pulsante" que contém todos os
universos, todas as energias, todas as vidas e ... É a própria Vida!
Julgar o contrário é mais
uma ilusão das mentes arrumadas em “caixinhas”, separadas de Tudo e de Todos
por muitas “paredes”. Separadas, sobretudo, de si mesmas pelo muro do dentro e
do fora. Sempre desesperadas, carentes, à procura “fora de si”, de algo que as
complete e diminua a sua solidão, a sua angústia.
Tinha levado todo esse tempo
para aprender. Mas valera a pena.
Aprendera que Viver é, antes
de mais e para além de tudo, vibração do Ser
Interior sintonizado com a harmonia do Processo
Criativo. Aí, onde já nem vibração existe mais, qual centro do turbilhão,
se encontra finalmente a Paz de Ser Inteiro. Sabe agora que a pulsação de todos
os corações, a Força Suprema de todas as Vidas, tem Um Só Nome.”
Sou
Espírito
As palavras
de Mãe Velha ressoam fundo em Todos
Nós.
Elas são um
sábio ensinamento sobre a expansão da consciência
humana que escolhe irromper para além da Bolha
da Psique.
Mãe Velha conclui:
- Acima de Clarabóia, a abertura que separa o 3º do
4º andar e abaixo de Alçapão que
separa a 3ª da 4ª cave esbatem-se completamente os limites que dividem os
espaços e vos dão segurança e consistência, o que pode ser perturbador para Sou Almas que não estejam
suficientemente integrados, cônscios da sua identidade una. É por isso que
muitos ficam instalados no conforto que julgam seguro das suas Bolhas Psíquicas e preferem não arriscar
saírem das caixinhas dos níveis mais básicos do Edifíciodeser.
- Vamos para
a frente! Quem não arrisca não petisca – dizem os duendes Impulsos que começam a correr logo seguidos por seu dono, Sensual, acompanhados por uma gargalhada
geral.
- Coragem não
lhes falta! – exclama rindo Mãe Velha.
- Mas ouçam-me com atenção. É condição de uma serena “passagem” para os últimos
níveis do Edifício que não tenham
dúvidas sobre a vossa identidade de Sou
Alma unida com Spirit.
Nunca
esqueçam: espiritualidade é liberdade! É Processo
Criativo em acção em Todos e cada
Um de Nós. Não é compatível com apegos, dúvidas, ilusões, medos. É certeza que vem de
dentro, da essência de ser, não é algo que possamos encontrar pelo exterior de
nós mesmos. Precisam focar a Atenção
no Processo interno se quiserem prosseguir com êxito a jornada.
Felizmente o
treino regular e continuado de abertura e escuta atenta preparou-os para este
encontro com Mãe Velha e ela sabe
reconhecer os corações abertos, humildes e compassivos, a quem deixa passar de
imediato:
- Podem
prosseguir pois conhecem agora as vossas qualidades, sabendo também quão longe
estão de serem perfeitos. Fizeram prova de persistência e sinceridade.
Aprenderam não só a humildade, mas também a tolerância e a aceitação. Aprenderam,
sobretudo, o discernimento e a mestria da Escolha
Consciente, qualidades que são avaliadas no Mestrado da Vida.
Tu, Sou Alma, fizestes prova de tudo isso. Vais
caminhar, daqui para a frente, pelos teus próprios pés.
Spirit e Fé
concluem esta visita dizendo:
- Ouçam todos,
Centros sucessivos e integrados do Edifíciodeser: Ego de Todos Nós - Eu Cônscio - Sou Alma. A partir de agora temos todas
as condições para prosseguirmos a jornada rumo à fecundidade criativa. O
diálogo fraterno entre nós teceu esse Fio precioso que nos une: o Fio de Ariadne, o Fio da Consciência que nos guiará pelos Caminhos da Vida que escolhermos livremente.
Toda a
Família Espírito se reconhece como
parte integrante do Caminho, do Processo Criativo
de Ser Com Consciência.
Os Todos Nós que conseguem alcançar esta
etapa podem ver claramente as sucessivas conquistas que os foram transformando
em verdadeiros Seres Humanos conscientes das suas Almas, senhores da sua Identidade
e capazes de discernirem e fazerem as suas Escolhas.
- Posso agora
escolher o que quero Ser em cada
momento: um Ego Feliz, um Simesmo Cônscio, uma Alma Alegre e… um Espírito Portador da Luz da Vida! – diz Sou Alma – Escolho para mim um novo nome: Sou Espírito!
Sente brotar
no âmago do seu Ser uma espécie de Nova Vida. É uma Presença que agora preenche por dentro todo o Edifício. É algo de palpável, quase físico. Começou com a sensação
de renascimento de uma pequenina Vida,
como uma muito subtil comoção interna de que ele pacientemente cuida e que
alimenta regularmente sempre que se recolhe no seu templo interno. Sente-a
crescer e ficar cada vez mais transbordante.
- Será que
esta Presença tem algo a ver com a
Força que nos faz mover espontaneamente e nos guia? - interroga-se em silêncio.
Spirit e Fé confirmam:
- Nós dois
somos mensageiros dessa Presença que
se deixa conhecer nos últimos andares dos Edifíciosdeser:
Quem A procura sempre A encontra. Ela se manifesta através de seu Filho, o Amor Maior. Devemos acolhê-los nos
nossos corações e prestar-lhes toda a Atenção
se quisermos conhecê-los melhor…
Sente-se
expandir, crescer, crescer, até se tornar mais amplo do que o próprio Edifício ! Apercebe-se que Presença o preenche completamente,
extravasando os seus limites, deixando-o envolto em correntes de vibração
amorosa, etérea e subtil…
Sensações de
véus parecem sair-lhe do corpo e acompanhar em câmara lenta os seus movimentos
numa espécie de voo sem peso. Sente-se ao mesmo tempo invadido por um Amor sem
limites…
De facto,
quanto mais se Lhe entrega, mais Ela o invade e o enche de Vida e de Alegria tornando-o
do tamanho do Mundo.
- Asas?! -
lembra-se, ainda incrédulo – Quando me entrego ao Poder desta Presença Viva o meu corpo parece
adivinhar por onde seguir. Avanço com coragem, segurança e clareza na Intenção, como que guiado por uma Força,
uma Vontade tão forte e poderosa quanto
doce e protectora que chega a fazer-me girar, rir e cantar. Quase voar!...
Voar?!?!...
❤️
ResponderEliminar